A Necessidade de Registro na ANVISA para Plataformas de Telessaúde e Chatbots: Uma Resposta.
Publicado em 10/03/2025

A crescente relevância da telessaúde e da inteligência artificial (IA) na assistência médica traz à tona a discussão sobre a necessidade de registro na ANVISA para plataformas de telessaúde e chatbots. Este artigo propõe uma análise detalhada das implicações legais e de saúde pública dessa questão, destacando a importância de regulamentações claras e adaptáveis.

Telessaúde: Uma Revolução Necessária

A telessaúde representa a prestação de serviços de saúde à distância, utilizando tecnologias de comunicação. Plataformas que oferecem agendamentos, teleconsultas e comunicação entre médicos e pacientes tornaram-se essenciais, especialmente em tempos de pandemia. No entanto, a regulamentação dessas ferramentas é crucial para garantir segurança e eficácia.

Registro de Plataformas de Telessaúde

A ANVISA, por meio das RDCs 185/2001 e 657/2022, estabelece critérios claros para a classificação de dispositivos médicos. De acordo com as orientações da ANVISA, as plataformas que apenas facilitam a comunicação (como videochamadas) e não realizam diagnósticos não precisam de registro. Funcionalidades básicas, como agendamentos e prontuários eletrônicos, também não exigem registro. Contudo, se a plataforma incluir ferramentas que auxiliam no diagnóstico — como algoritmos que analisam sintomas ou sugerem tratamentos — ela pode ser classificada como Software como Dispositivo Médico (SaMD), exigindo registro.

Concordomos que a maioria das plataformas de telessaúde que operam com funcionalidades básicas não necessitam de registro, desde que não realizem diagnósticos. Contudo, a introdução de ferramentas mais complexas requer um rigoroso processo de avaliação regulatória para garantir a segurança do paciente e a inovação no setor.

A Revolução dos Chatbots

Os chatbots têm se destacado como ferramentas eficazes na triagem e no suporte ao paciente. Chatbots com IA integrativa podem interagir com os usuários e facilitar o acesso a informações básicas, sem a necessidade de registro. No entanto, quando esses bots começam a atuar em triagens de doenças ou recomendações de tratamento, a necessidade de registro se torna evidente.

Registro de Chatbots

  1. Chatbots com IA Integrativa: Esses chatbots, que interagem e fornecem informações gerais, geralmente não precisam de registro, desde que não realizem diagnósticos ou prescrevam tratamentos.
  2. Chatbots com IA Generativa: Aqueles que utilizam IA generativa e oferecem análises ou sugestões de encaminhamentos devem ser avaliados quanto à sua necessidade de registro, pois podem influenciar decisões clínicas.

Minha Opinião

Os chatbots com funções administrativas e de comunicação não deveriam ser obrigados a se registrar. No entanto, aqueles que desempenham funções críticas para a saúde, como triagens e diagnósticos, devem ser avaliados e registrados, garantindo sua operação segura e eficaz.

Soul.Gov: Um Exemplo de Inovação

Um exemplo notável é o Soul.Gov, da Soul Healthcare Bank, que integra triagem com chatbots, permitindo um acesso mais rápido e eficiente às necessidades de saúde da população. Esta plataforma não é apenas uma solução digital; é uma resposta inteligente às demandas contemporâneas da saúde pública.

Funcionalidades do Soul.Gov

  • Triagem Inteligente: Utiliza chatbots para realizar a triagem inicial, coletando informações sobre sintomas e histórico de saúde.
  • Agendamento de Consultas: Facilita o agendamento, otimizando o fluxo de pacientes.
  • Acesso a Informações de Saúde: Proporciona acesso a informações e orientações de saúde pública, promovendo educação.

Importância para Secretarias Municipais de Saúde

A implementação de soluções como o Soul.Gov é vital para as secretarias de saúde, pois:

  • Reduz Sobrecarga: Alivia a pressão sobre os serviços de saúde, filtrando casos que necessitam de atendimento presencial.
  • Aumenta Acesso: Melhora o acesso à saúde, especialmente em áreas remotas.
  • Eficiência na Gestão: A coleta de dados via chatbots permite uma análise mais eficaz das necessidades da população.

Portanto, a discussão sobre a necessidade de registro na ANVISA para plataformas de telessaúde e chatbots transcende a técnica; trata-se de saúde pública. A regulação deve ser clara, mas adaptável, permitindo que inovações continuem a surgir sem comprometer a segurança do paciente.

Soluções como o Soul.Gov podem ser um divisor de águas para a saúde pública, especialmente diante de desafios sem precedentes.

É fundamental abraçar essas inovações, não apenas para melhorar a eficiência dos serviços de saúde, mas para garantir que todos os cidadãos tenham acesso ao cuidado de qualidade que merecem.

A tecnologia deve ser nossa aliada na construção de um sistema de saúde mais justo e eficaz, e a regulamentação deve acompanhar essa evolução para garantir um futuro mais seguro e inovador na saúde.

 

Acrescentar da leitura dos seguintes artigos em meu linkedim

https://www.linkedin.com/pulse/revolu%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-50-o-papel-transformador-ia-prim%C3%A1rio-simioni-omzzf/

Inscreva-se para a nossa lista de email
Receba nossas novidades diretamente na sua caixa de entrada.
avatar
Alcides Simioni
CEO Soul Healthcare Bank
Querendo conhecer na prática, como “Plataforma de Telemedicina Whitelabel” e “Chatbot de inteligência artificial (IA)”, trabalham de forma integrada, entre em contato e apresentaremos alguns municípios que já optaram por este caminho.